Hematopoiese extramedular: um novo olhar sobre o nicho de células estaminais subjacentes, teorias de desenvolvimento e ocorrência em animais

Hematopoiese extramedular (EMH) é a formação e desenvolvimento de células sanguíneas fora dos espaços medulares da medula óssea. Embora amplamente considerada um epifenômeno, secundário à doença primária subjacente e sem implicações clínicas ou diagnósticas sérias, a presença de EMH está longe de ser incidental em uma base molecular; ao contrário, reflete um conjunto bem coreografado de alterações envolvendo células-tronco e seu microambiente (o nicho de células-tronco). Os objetivos desta revisão são reconsiderar a base molecular do EMH com base no conhecimento atual dos nichos de células-tronco e examinar seu papel nos mecanismos fisiopatológicos do EMH em animais. A capacidade das células sangüíneas de se desenvolverem, proliferarem e amadurecerem em tecidos extramedulares de animais adultos reflete padrões embrionários de hematopoiese e estabelecimento ou reativação de um nicho de células-tronco. Isto envolve alterações fisiopatológicas nas células-tronco hematopoiéticas, matriz extracelular, células do estroma e quimiocinas locais e sistêmicas. Quatro grandes teorias envolvendo alterações nas células-tronco e/ou seu microambiente podem explicar o desenvolvimento da maioria das ocorrências de HEM: (1) insuficiência grave da medula óssea; (2) mielo-estimulação; (3) inflamação, lesão e reparo tecidual; e (4) produção anormal de quimiocinas. A HEM também tem sido relatada em muitos tipos de neoplasias. A compreensão dos conceitos e fatores envolvidos nos nichos de células-tronco aumenta nossa compreensão da ocorrência de EMH em animais e sua relação com a doença subjacente. Por sua vez, um melhor entendimento da prevalência e distribuição de EMH em animais e sua base molecular poderia informar ainda mais nosso entendimento do nicho de células-tronco hematopoiéticas.

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