Mais acesso ao ultra-som médico salvaria vidas maternas e neonatais na América Latina e CaribeMais acesso ao ultra-som médico salvaria vidas maternas e neonatais na América Latina e Caribe

Em média, 16 mulheres morrem todos os dias na região devido a complicações na gravidez ou no parto. A radiologia poderia facilitar diagnósticos precoces para aumentar a eficácia dos tratamentos

Dia Mundial da RadiologiaWashington, D.C., 29 de outubro de 2015 (OPAS/OMS) – Um melhor acesso a serviços de ultra-som e outros serviços de radiologia poderia reduzir a mortalidade materna e neonatal em todos os países das Américas, dizem especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), por ocasião da próxima celebração do Dia Mundial da Radiologia, em 8 de novembro.

“A ultrassonografia obstétrica é essencial para identificar riscos potenciais para a mãe e o filho, e a radiologia intervencionista torna o parto mais seguro para algumas mulheres, controlando a hemorragia pós-parto”, disse Pablo Jiménez, assessor regional da OPAS/OMS em Saúde Radiológica. “Mas o pleno potencial destas técnicas radiológicas ainda não foi realizado na nossa região. No Dia Mundial da Radiologia, vamos destacar a importância de fortalecer os sistemas de saúde para tornar os serviços de radiologia que salvam vidas mais facilmente acessíveis”, acrescentou ele.

Todos os dias na América Latina e no Caribe, uma média de 16 mulheres morrem por complicações na gravidez ou no parto, enquanto 250 bebês morrem todos os dias antes de atingirem os 28 dias de idade. Muitas das complicações, incluindo a apresentação fetal anormal, gravidez múltipla, gravidez ectópica e placenta praevia, podem ser tratadas com diagnóstico precoce a partir da ultra-sonografia.

Técnicas de radiologia intervencionista, como a embolização, em que a imagem radiológica é utilizada para orientar um cateter inserido no corpo que interrompe o sangramento interno sem necessidade de cirurgia aberta, pode desempenhar um papel importante na redução das mortes por hemorragia pós-parto. Em geral, cerca de 8,2% das mães que dão à luz na América Latina e no Caribe sofrem de hemorragia pós-parto grave que requer transfusão.

As mulheres grávidas em países de alta renda geralmente recebem cuidados pré-natais precoces e avançados, incluindo serviços de radiologia. No entanto, muitos países da América Latina e do Caribe carecem desses serviços, ou se eles são oferecidos, são muitas vezes de qualidade questionável. Em alguns casos, os radiologistas são mal treinados no uso do equipamento, enquanto em outros, a tecnologia não funciona ou não foi devidamente mantida.

“O equipamento de ultra-som é relativamente acessível, portátil e, se manuseado por profissionais treinados, é completamente seguro e preciso”, disse Jimenez.

“Mas a radiologia requer profissionais bem treinados, com extensos conhecimentos de aquisição e interpretação de imagens, que devem ser acompanhados por programas de controlo e garantia de qualidade para garantir diagnósticos fiáveis e precisos. Nosso objetivo é aumentar a disponibilidade deste nível de cuidado”, disse ele.

Panel sobre as contribuições da radiologia à saúde materna e infantil

Estes e outros tópicos serão discutidos em um painel de discussão interativo no dia 30 de outubro, das 10h às 13h (EST) para marcar o Dia Mundial da Radiologia na sede da OPAS/OMS em Washington, DC. O painel destacará o papel da ultrassonografia na saúde materna e neonatal, e pode ser seguido virtualmente acessando: www.paho.org/dmr2015/webex.

Os painéis incluem os Drs. Bremen de Mucio e Pablo Durán do Centro Latino Americano de Perinatologia, Saúde da Mulher e Saúde Reprodutiva da OPAS/OMS com sede no Uruguai; Dr. Albert K. Chun da Universidade George Washington; Dra Karen Sohan do Mt Hope Women Hospital em Trinidad e Tobago; Oscar Barahona do US Registry of Diagnostic Medical Sonography; e Maya Escobar Vidarte, uma radiologista da Colômbia.

Outubro é também o Mês de Conscientização Sonográfica Médica, que visa educar o público sobre os vários usos da ultra-sonografia nos cuidados de saúde.

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OPS/WHO’s Zero Maternal Death from Haemorrhage initiative

Mortalidade materna diminuiu 43% na América Latina e 30% no Caribe entre 1990 e 2010. No entanto, este progresso não foi suficiente para alcançar a redução de 75% acordada nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) até 2015. Para ajudar os países da região a acelerar esta redução, a OPAS/OMS está implementando a iniciativa “Zero Mortes Maternais por Hemorragia” em áreas de países da região onde a hemorragia pós-parto é a principal causa de morte materna.

A iniciativa trabalha com países para ampliar o acesso das mulheres aos serviços de saúde de que necessitam, com qualidade, respeitando seus direitos, fortalecendo o pessoal, equipando-o com tecnologias simples e enfrentando as barreiras geográficas e culturais que retardam a busca de cuidados. O acesso aos serviços de radiologia é mais uma ferramenta que pode ajudar a prevenir mortes evitáveis.

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A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de sua população. Fundada em 1902, é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo. Serve como o escritório regional para as Américas da OMS e é a agência de saúde especializada do Sistema Interamericano.

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Links

– Dia Mundial da Radiologia 2015
– Agenda de painel sobre radiologia e saúde materna e neonatal
– Zero mortes maternas por hemorragia
– https://twitter.com/opsoms- Dia Mundial da Radiologia

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