Lâmina de guilhotina francesa

Uma versão da guilhotina, chamada ‘Halifax gibbet’, estava em uso na Inglaterra desde os anos 1200. Uma máquina similar chamada ‘the Maiden’ foi usada na Escócia entre os anos 1500 e 1700. Funcionava deixando cair uma lâmina pesada por uma estrutura de madeira no pescoço da vítima, cortando-lhes a cabeça. A morte teria sido quase instantânea. Em 1791, um médico francês chamado Joseph-Ignace Guillotin propôs que a máquina fosse usada na França, como um método mais humano de pena capital. A primeira execução foi realizada em 1792, em um homem da estrada e a máquina ficou conhecida como a guilhotina.

Naquele tempo, a França estava em plena revolução. O Rei Luís XVI tinha sido deposto e o país tinha-se declarado uma república. O Rei foi julgado por traição e, em janeiro de 1793, decapitado na guilhotina. A execução do Rei levou a uma agitação generalizada e as facções revolucionárias começaram a lutar entre si, com os extremistas “jacobinos” acabando por tomar o controlo. Os extremistas começaram a destruir os seus inimigos. O que se seguiu ficou conhecido como o “Reinado do Terror”. Milhares de ‘inimigos do estado’ foram executados pela lâmina da guilhotina, e o decapitador mecânico veio para defender a selvageria e a sede de sangue.

As execuções foram uma forma popular de entretenimento e multidões se reuniram para assistir.

A maior parte das execuções ocorreu na Praça da Revolução (agora a Praça da Concórdia) em Paris. As execuções foram uma forma popular de entretenimento e multidões se reuniram para assistir. As mulheres do mercado, que tinham liderado o seu próprio protesto de sucesso contra o estabelecimento em 1789, sentaram-se à guilhotina e tricotaram, entre outras coisas, os ‘bonés da liberdade’ vermelhos usados pelos revolucionários.

A guilhotina permaneceu um método oficial de execução até 1981 na França. A última pessoa foi guilhotinada em 1977.

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