Elote Loco

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El Salvador

elote loco

Elote loco, literalmente “milho louco” é uma espiga inteira de milho doce cozido ou grelhado, coberta com maionese, mostarda, salsa negra (ou salsa inglesa), ketchup e queijo, que é muito popular em El Salvador.

Como fazer elote loco

O preparo é simples: o milho deve ser cozido ou assado antes, tendo cuidado para não salgar, pois isso pode endurecer o grão e estragar o lado doce do milho.

O milho deve ser cozido para que um pau de madeira, como um pau de sorvete, possa ser inserido no centro da base da espiga de milho.

Inserir este pau de madeira não é apenas o método tradicional, mas também facilita o manuseio da espiga para a aplicação de molhos e queijos.

Então, usando uma espátula de silicone ou uma faca grande, espalhar maionese, depois algumas linhas pequenas de mostarda, depois salsa negra (molho preto), depois ketchup. Alguns também adicionam molho picante antes de finalmente polvilhar o milho sobre a espiga com queijo ralado. O queijo também pode ser aplicado antes dos molhos.

O costume é embrulhar o pau numa toalha de papel para saborear este “elote loco” 100% salvadorenho.

Para aplicar a mostarda, ketchup e salsa negra em forma de linhas, são usadas pequenas garrafas plásticas de espremer, mas também se pode improvisar para substituí-las usando, por exemplo, pequenos sacos congeladores cortados num dos cantos.

Salsa negra

Salsa negra, que significa “molho preto”, é um molho mexicano feito de pimentão seco, óleo e alho. Adiciona-se-lhe tomate verde.

Diz-se que é “preto” porque os ingredientes utilizados na preparação são torrados até ficarem muito escuros.

É um molho delicioso com sabores torrados e fortes, também com um excelente toque de acidez que os tomates proporcionam.

De onde vem o nome elote loco (milho louco)?

Salvadoran elote loco é um daqueles pratos que fazem parte de todos os festivais mas especialmente de todas as feiras em cidades e aldeias, celebradas em todo o país, como seriam os churros em Espanha, waffles na Bélgica, crepes na França, beignets em Nova Orleães, ou krofnes na Sérvia e Croácia.

O sabor requintado do elote loco e os ingredientes com os quais é revestido dão-lhe aquele toque único que enlouquece todos os salvadorenhos, jovens e velhos.

O milho é uma loucura e a explicação mais óbvia do porquê de ser chamado assim é que o nome vem da mistura com que é revestido, sem a qual obviamente não teria o mesmo sabor.

Outras variantes do elote loco

No México, as pessoas apreciam o elote preparado. Com maionese, queijo cotija, chili em pó e suco de limão. É comido quente e servido em um copo. Um dos ingredientes essenciais para fazer elotes mexicanos é sem dúvida o epazote, uma erva muito semelhante à hortelã-pimenta.

Em Honduras, as pessoas apreciam o catracho elote preparado. Polvilhado com creme azedo da América Central chamado mantequilla blanca, queso seco ralado (queijo seco), e uma pitada de suco de lima. Algumas pessoas adicionam-lhe pimenta em pó.

Milho Salvadoran

A história do milho

Durante centenas de anos, o milho fez parte da sua dieta, que os nativos americanos chamavam de “minha mãe, minha vida”.”

Era cultivado abundantemente com abóbora e feijão, e eles apelidaram este trio de “as três irmãs”.

A história do milho começa há pouco mais de 9.000 anos em pequenas ilhas ao largo da costa mexicana. Segundo pesquisadores da Florida State University, do Museu Nacional de História Nacional dos Estados Unidos, do Instituto Smithsonian, do Instituto da República do Panamá e da Universidade Estadual de Washington, o cultivo do milho se espalhou muito rapidamente no México.

Do sudoeste do país, onde foi domesticado pela primeira vez, o milho foi transportado para o sudeste do México e para outras regiões tropicais da América, como Panamá e América do Sul.

Avidência da presença do milho, datada de 4000 anos atrás, foi encontrada no sítio arqueológico de Waynuna, no sul do Peru, o que significa que há cerca de 40 séculos atrás, o cereal era cultivado na América do Sul. No Brasil, o milho já era cultivado pelos índios antes da chegada dos portugueses.

Moderno milho, como é conhecido hoje, pensa-se que tenha o seu antepassado numa erva mexicana chamada teosinte (zea diploperennis).

Os caçadores-colectores da época, que comeram as minúsculas sementes deste teosinte, modificaram esta planta em poucos séculos para fazer dela o milho que se tornou o alimento básico de todas as grandes civilizações ameríndias, Incas, Maias, Aztecas, Chimus, Nazcas , Olmecs, Toltecas.

Agricultores nativos americanos então adaptaram o milho a todas as suas migrações: das montanhas do México aos Andes e às planícies de Yucatan, ao Caribe e muito mais tarde às planícies temperadas da América do Norte e do Sul.

Este cereal nativo da América chegou à Europa, como muitos alimentos do Novo Mundo, graças a Cristóvão Colombo, que, quando descobriu a América, encontrou o tipo certo de milho para cada clima, do Canadá à Argentina, e os europeus diversificaram-no: grãos vítreos ou farinhentosos, macios, para estourar, brancos, amarelos, vermelhos, azuis, etc. A adaptação à Europa, África e Ásia tornou-se muito facilitada.

Os agricultores franceses cultivaram milho a partir do século XVII, espalharam-no rapidamente, especialmente no Sudoeste, e substituíram parcialmente os seus cereais ancestrais por este recém-chegado muito mais produtivo.

O nome do cereal, milho, de origem caribenha, significa “o sustento da vida”. Várias tribos indígenas adoram o milho em rituais artísticos e religiosos. É raro encontrar um alimento que tenha tantos usos e esteja presente na vida diária de uma grande parte da população mundial. Vários municípios promovem eventos em homenagem ao milho, como festivais e exposições.

Corn, um símbolo de vida e ressurreição

Para todas as grandes civilizações ameríndias, incas, maias, astecas, chimus, nazcas, olmecas, toltecas, o milho é a planta sagrada por excelência.

Por exemplo, segundo os textos míticos da civilização Maia, o homem Maia foi criado pelo deus Itzamna e modelado em massa de milho, considerada como o material original, com água, terra e sangue divino. O cereal tornou-se então um objeto de culto e veneração.

Na mitologia asteca, o milho tem seu deus reverenciado e é chamado Centeotl, às vezes chamado Centeotl-tecutli, Centeotl-cihuatl, Cinteotl, Centeal, Cexochitl, Chiutcoatl, Tonacajoha, Tzinteotl. Seu nome significa literalmente “deus do milho”: em Nahuatl, centli-cintli significa deus do milho e teotl.

Salvadoran elote

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Elote loco

Elote loco (“milho louco”) é uma espiga inteira de milho doce cozido ou grelhado, com maionese, mostarda, salsa negra, ketchup e queijo, presentes na maioria das festividades em El Salvador.
Tempo de preparação5 minutos
Tempo de cozedura15 minutos
Tempo total20 minutos

Curso: Prato lateral, lanche
Cozinha: Salvadorenho, Vegetariano

Porções: 4 pessoas
Autor: Mike Benayoun

Ingredientes

  • 4 espigas de milho doce (amarelo ou branco)
  • Queijo duro (queso duro blando), ralado
  • Maionese
  • Salsa negra (ou salsa inglesa, Molho Worcestershire)
  • Ketchup
  • Mostarda

Equipamento

  • 4 paus de madeira

Instruções

  • Descascar o milho na espiga e retirar as sedas.
  • Encha uma panela grande com bastante água e leve-a a ferver.
  • Quando a água começar a ferver, adicione o milho na espiga.
  • Cozinhe, coberto, durante cerca de 15 minutos em lume médio.
  • Esvaziar o milho na espiga.
  • Utilizar uma faca afiada, cortar um buraco no fundo do milho.
  • Inserir um pau de madeira que servirá de base para segurar a espiga.
  • Utilizando uma espátula, pincel ou faca grande, espalhe maionese sobre toda a superfície da espiga.
  • Cobrir com queijo ralado.
  • Adicionar mostarda, salsa negra e ketchup a gosto.
  • Desfrutar quente.

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>Mike Benayoun

Mike é “o diabo” da dupla de 196 sabores. Apelidado como tal por seus amigos, ele está constantemente em busca de receitas e técnicas incomuns com ingredientes impossíveis de serem encontrados. O diabo está sempre empurrando o envelope, seja com humor ou com surpresas culinárias.

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